04/06/2018

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Bom dia Offer's... (um termo novo, ok? Então ok.)

O blog está passando por mudanças então pode ocorrer de causar certos estranhamentos na forma de escrita e no direcionamento das postagens que seguirão a partir daqui.

Hoje viemos falar um pouco sobre como vivemos em coletivo.

Tem esse projeto do Vai II que ganhamos (UHUUULLLLLLL CARALHOOOO)
E tem essas pessoas do coletivo. Que nem sempre fazem tudo que é preciso pra ganhar um projeto, e que quando ganha nem sempre sabe o que é preciso fazer pra manter um projeto.
Na verdade é só uma delas que é assim... E achamos que tudo bem. Porque ela é doente. Uma hora isso se acerta. Porque dialogamos.

Tem esses diálogos. Eles precisam acontecer. Porque nos amamos muito e queremos estar juntos, por mais que as vezes a gente ache que não, a gente quer muito estar juntos.

E tem isso de a gente achar que sempre estamos certos.
Porque é normal querer fazer as coisas do jeito que a gente acha que tem que ser as coisas.

Mas tem esses diálogos. E esses diálogos são maravilhosos... e as vezes eles acontecem só no olhar.
E tem as pessoas que vem pra ajudar a gente... que mostra que a gente ta no caminho certo, mesmo que esse caminho não seja o mais rápido e o mais prático. É o NOSSO caminho. Isso é muito importante lembrar... cada coletivo tem o seu próprio caminho.

O Off Off Broadway Coletivo de Teatro tem 16 ano de caminho em sua história... e a gente já virou em tanta esquina, tantas ruas e avenidas, em tantas casas já entramos e tantas visitas já recebemos... estamos felizes. As vezes ficamos encafifados com nossos passos... mas estamos felizes.

Aí teve os despejos... já fomos muito despejados também. Da biblioteca, do CEU, do prédio abandonado, da praça... Hoje somos um grupo sem lar.
Queremos uma sede? Queremos uma sede.
Mas ta bom viver marginalizado a beira do caminho que criamos?
Ta maravilhoso.
Por que ta maravilhoso?
Porque também ocupamos.

A FUNARTE o Casarão...


E tiveram muitas pessoas... Éramos muitos. Ainda somos. Não despejamos ninguém. Talvez uma única pessoa... e ainda não entendemos o porque. Mas ela foi despejada. Isso acontece. Num coletivo tudo acontece. As pessoas costumam dizer que a área de humanas é melhor que a de exatas... mas ao dizerem isso estão se esquecendo que dois mais dois nunca deixarão de ser quatro. 

Teve as percas também... significativas... pedaços de nossos corações que foram pra sempre.

Mortes.

Maior despejo esse, preparado pela vida, da vida, para um espaço além de nossa compreensão... mas possuímos nossas crenças.

Ah! Temos crenças! Cada um tem uma! Ou todo mundo tem todas. Não sabemos muito bem como funciona isso. Mas sabemos pra onde estamos indo.




Não sabíamos onde tudo isso ia dar quando nos reuníamos de segundas e quintas na Biblioteca Pública Pablo Neruda (hoje se chama Biblioteca Pública Álvares de Azevedo, porque... não sabemos o porque), e não tínhamos pretensão de formalizar nenhum trabalho da forma que pensamos fazer isso hoje. Mas já naquela época nos cobrávamos de presença. Não somente a física, mas uma presença viva.

O tempo passou tão depressa que mal pudemos perceber em que momento as pessoas que amávamos deixaram de brincar conosco e saíram pra empreitada que acreditam ser a vida adulta. Como escreve Luigi Pirandello: Sobraram os últimos restos... Os últimos restos não. Os fundamentos.

E hoje o Grupo de Teatro Vocacional Off Off Broadway, vulgo Off Off Broadway Coletivo de Teatro, está enfrentado uma grande jornada.

Vem aí um repeteco de nosso espetáculo anterior... mas também vem uma pesquisa sobre um novo espetáculo. Tem Off Off, também, no Circuito SP. Não nos pergunte o que isso quer dizer... a gente ta feliz!

E tem mais da gente juntos esse ano. Trabalhando juntos. Pesquisando juntos. Atuando juntos.

E vendo o Marcão de maiô em praça pública. A parte que julgamos impagável!

Portanto, para que os senhores possam aproveitar essas incríveis amostras do que pensamos, pedimos encarecidamente que abram seus corações e mentes.

E nos achem pela cidade!

3 comentários:

  1. A questão de um trabalho coletivo não é fácil mesmo. Estar envolvido com pessoas dentro de um mesmo projeto faz com que estejamos sujeitos a alterações nos planos a qualquer instante.

    Ah. Postei anónimo pq não entendo como funciona esse negócio de Blog.

    Merda pra vocês!

    Pedro!

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  2. Cara! É tão lindo isso...poxa!
    Ah! Ocupamos a Funarte, a finada Casa Amarela e o Casarão.😊😉

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